MPMG alerta sobre os perigos dos desafios virtuais: ameaça fatal para crianças e adolescentes

© Isac Nobrega/ PR

Após morte de criança em Ceilândia, Ministério Público de Minas Gerais reforça a importância do monitoramento parental e ações legais contra desafios como o “desafio do desodorante” e “jogo do desmaio”

26/06/2025 às 11h52

Os desafios virtuais e seus riscos: o perigo à vista nas redes sociais

Os desafios virtuais estão se espalhando pelas redes sociais e ganhando popularidade entre crianças e adolescentes. Embora possam parecer inofensivos à primeira vista, muitos desses desafios envolvem atos perigosos, como surfar em cima de carros em movimento e provocar desmaios. Um dos mais alarmantes é o "desafio do desodorante", que já levou à morte de várias crianças, como o caso de Sarah, uma menina de oito anos, em Ceilândia, no Distrito Federal. Ela foi uma das 56 vítimas fatais nos últimos 10 anos no Brasil, vítimas dos desafios que circulam livremente na internet.


O desafio do desodorante: a trágica realidade

O Desafio do Desodorante, popular entre os jovens, envolve a inalação do gás do produto para provocar uma sensação de euforia. Esse risco extremo já levou a várias fatalidades, devastando famílias e trazendo à tona a urgência de ações preventivas e controle digital.


A luta contra os desafios perigosos

Demetrius Gereissat, fundador do Instituto Dimicuida, tornou-se uma voz ativa na luta contra esses desafios perigosos. A fundação do instituto foi motivada pela perda de seu filho de 16 anos, que morreu enquanto participava do "jogo do desmaio". Demetrius relata as dificuldades enfrentadas na tentativa de combater os vídeos nocivos:

"Apesar dos avanços em nossas ações, surgem centenas de vídeos nocivos que precisamos combater judicialmente. Para cada vídeo, há uma demanda judicial específica, o que torna o trabalho ainda mais desafiador."


Ações do Ministério Público: O combate à proliferação de desafios perigosos

A proliferação desses conteúdos perigosos exige uma ação eficaz e rápida. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com a polícia e outros órgãos, tem trabalhado incansavelmente para desmantelar redes que incentivam esses desafios. No último ano, 1.067 operações conseguiram desarticular quadrilhas que distribuem vídeos com crianças e adolescentes.


Alerta das autoridades: a responsabilidade dos pais

A promotora Giovanna Carone, do Ministério Público de Minas Gerais, alerta para a vigilância constante dos pais:

"Os pais devem monitorar o ambiente virtual de seus filhos, criando um espaço de interação saudável e promovendo um acompanhamento que evite danos à saúde mental e física dos jovens."

Além disso, a coordenadora de defesa de crianças e adolescentes, Graciele Almeida, explica que, de acordo com o Código Civil, os pais podem ser responsabilizados pelos atos de seus filhos, caso participem ou incentivem os desafios perigosos.


Sugestões para proteger os jovens: a visão dos especialistas

O pediatra Daniel Becker sugere que o acesso ao celular seja permitido aos adolescentes apenas a partir dos 14 anos. Ele reforça que a adolescência é uma fase crucial para o desenvolvimento, e o uso excessivo de tecnologia pode ser prejudicial. Becker destaca a importância de buscar experiências no mundo real, como esportes e interações familiares.


O Papel da Sociedade: prevenção e denúncias

É fundamental que a sociedade como um todo esteja atenta a esse fenômeno. As redes sociais devem se tornar um ambiente mais seguro para crianças e adolescentes. Denúncias sobre desafios virtuais podem ser feitas diretamente ao Ministério Público, que trabalha ativamente para combater essas práticas prejudiciais.

Para mais informações, acesse o site do Ministério Público de Minas Gerais: www.mpmg.mp.br ou siga @MPMGOficial nas redes sociais.


Conclusão: proteção digital é prioridade

A segurança digital deve ser uma prioridade para todos. Pais e responsáveis desempenham um papel essencial na proteção e bem-estar dos jovens, ajudando a criar um ambiente mais seguro e saudável nas redes sociais.


Destaques:

  • 56 mortes nos últimos 10 anos no Brasil por desafios perigosos
  • 1.067 operações realizadas no último ano contra redes de vídeos nocivos
  • Responsabilidade dos pais no combate a desafios perigosos
  • Sugestão de especialistas: limitar o uso de celulares para adolescentes até os 14 anos

 


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